Pensei há umas semanas atrás em escrever um texto sobre o carnaval. Comecei e larguei de mão (Ela se foi para um país do norte, a minha senhora). Ele não tinha graça. Graça não é a palavra, pois esse texto também não tem, mas não tinha futuro. Não estava escrevendo com eu e sim como outro. Acho que esse é mais minha cara, ainda que sem graça. Quis fazer sobre o carnaval e saiu esse. Melhor impossível para relembrar e retratar os carnavais de todos os outros anos.
Ainda não chegamos em casa e lembro do livro que li. Um dos melhores. Percebi que por lê-lo tenho grande responsabilidade e muita coisa a fazer. É inevitável e preciso ter forças. Lembro do último texto que publiquei e que gostei tanto dele. Acho-me egocêntrico e lembro-me do livro de novo. Me condeno e lembro que preciso me vigiar, não pecar. Amar não é pecar, é bem ao contrário, mas abre estradas pra todos os outros pecados se na escolhermos o caminho certo. Não falo de sexo. Não sou puritano, mas gostaria de ser. Mas não falso e hipócrita. Penso no sexo, mas não vou relatar. Me disseram que é deselegante.
Começamos a conversar de novo, eu e meu pai, e não lembro mais o assunto. Estamos chegando em casa e sei que preciso terminar esse texto. Milhões de coisas passam pela minha cabeça e perco o que estava pensando. Uma idéia de cada vez e lembro de novo. Talvez no futuro eu faça um texto sobre a terra dos sonhos (seja lá o que for isso). Lembro de Elise de novo, no país do norte, mas não é o Canadá. É, eu acho que não é não (tomara que não). Espero que a inspiração volte assim como Elise das viagens do norte (rima idiota).
