quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Somos mais que bons amigos... Somos velhos chatos.

   Elise... Elise... Elise... 
  
   Já virou até costume esse negócio da gente não se falar. Eu sei que você já está mais pra lá do que pra cá e sei que grande parte da culpa é minha, mas não é por maldade, é que estou ficando velho demais pra te encontrar. Acho que quando se está velho a gente começa a remexer aquelas gavetas antigas. Tanto que outro dia encontrei lá no fundo um velho poema. Tão antigo que causou confusões atuais... Coisa estranha ne?
   Não Fique brava comigo, eu sou mais realista que você. Eu faço o que posso, mas estamos entrando num beco sem saída. Não fique triste, você sabe que por você eu faria tudo...  Por você eu até aprenderia a fazer café só para te convidar à minha casa. Não sou egoísta como você pensa. Tá bom, eu sou, mas não tanto como antigamente. Você é mais do que eu. É egoísta com você mesma, não deixa ninguém chegar perto de ti. Por isso só eu te aturo. Não estou reclamando, muito pelo contrário, eu adoro isso. Somos velhos chatos. Mas deixa pra lá... Não ligo não.
   Ficar velho tem suas vantagens e desvantagens. É bom aprender a ver outros lados, a deixar de dar valor a certas coisas sem importância. Mas ao mesmo tempo é ruim já que ficamos cada vez mais longe. Talvez eu escreva um livro quando você partir, apesar de que eu acho que algumas partes suas estarão sempre aqui comigo.
  Tentarei te escrever mais vezes, talvez possamos ficar mais perto. Apesar de que por um lado isso acaba comigo. Mas deixo esse assunto para outro dia. Vou sair agora e comprar uma garrafa, pó de café e coadores de papel.
   É... É isso...








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