domingo, 28 de outubro de 2012

Das Cenas Que Não Vivemos...



    Elise...
    Leia isso imaginando minha cara de sério. E não ria, até eu tenho caras sérias. Um bobo sério. O que está escrito é exatamente o que você vai pensar e apesar de parecer absurdo é exatamente isso.
  
   
Os últimos momentos que passamos juntos, apesar de ruins, foram apenas um sinal. Como aqueles usados nos filmes antigos para indicar a hora de mudar o projetor. Aproveitei essa chance para me projetar de outra forma, uma que você fosse gostar mais. E assim fiz, mas não estamos juntos. Estamos ainda na pausa de trocar os rolos do filme. Pausa que preciso esperar, talvez dois anos ou mais. Mas não me desespero como antes (ou tento não fazê-lo). O que são alguns anos comparados ao para sempre? Pode parecer brega (e eu acho que é mesmo), mas já é tarde e não consegui achar melhores expressões.
   
   
Conversas com o nosso colega me fazem animar, mas não acho isso tão bom, pois aparece o perigo de cair de novo em desespero. Além do mais ele gosta de agradar. Mas apesar disso, torço com todas as forças pra que ele esteja certo e que possamos continuar a exibir nosso filme, com novos e velhos personagens, para espectadores que ficaram e até mesmo para os que já saíram da sala. Pode parece ridículo a essa altura do campeonato (e é mesmo), mas é a pura verdade.
    
    Não vou chorar, você sabe que eu não choro. Não porque eu não quero, mas porque eu não consigo. Bem que eu já quis pra te provar que me importo, mas eu não sei chorar. Falta agora você parar de encenar novelas para que possamos continuar a escrever nosso roteiro. Deixe os dublês de fora e vamos continuar com nossas cenas, às vezes de brigas, às vezes belas.
    
    Enquanto espero aquela pausa que mencionei antes passar, vou regando minha plantinha pequenina, mas que ainda vive como meu amor...
      Enquanto eu regá-los...